domingo, 16 de setembro de 2012


Aqui e agora

Lenini canta "enquanto o mundo pede um pouco mais de calma". Meu corpo manda "pare". Eu, obedeço. Cinco dias de cama, como companheiro apenas o computador, e claro o mundo, viva a internet!!!!.

Estranho ter o mundo tão perto e ter tempo para ter calma, parar, deixar a poeira dos pensamentos assentar.

A sensação de ninho vazio esta sendo aceita em doses homeopáticas.  Um beijo, um abraço, um carinho rápido e outra balada, outro compromisso. Passei só para saber como você esta. Você esta bem, não? Já estou indo, e vai. Ainda fico a deriva, mas amanhã não estarei mais. Terei meu espaço, minhas músicas, meus livros, meus amigos.

Os filhos... vão curtir esse espaço de passagem, até retornarem, em outro momento, com suas famílias, na qual eu serei um detalhe. Importante, tenho certeza, mais um detalhe.

Enquanto isso, olho para mim e vejo tanta coisa a realizar, tantos sonhos para transformar em realidade. Tantos pequenos, importantes detalhes para viver. Comprar meu abajur, minha cortina amarela, leve, solta, imitando o sol entrando pela janela. No criado do mudo um artesanato representando  um homem e uma mulher. Porque? Sonho, desejo a ser realizado, quem sabe, um companheiro.  Não nesse momento

Antes, devo estar completa, pronta, sendo eu, para depois ser de outro, não, ... ter o outro ao meu lado.

Quero a minha poltrona que me abrace, que me faça sonhar, olhando meu Capibaribe, lendo um livro, chorando algo perdido, rindo de algo conseguido. Minha fonte, o barulho da água me acalmando, me fazendo navegar por outros mares, desejos.

Um banho de espuma, muita. A água (novamente ela) escorrendo por um corpo que admiro, adoro, com todas as suas marcas, limitações, mas meu, eu decido o que faço com ele. Momento especial, um banho com você mesma, massageando você, te curtindo, rindo, cantando, deixando a água levar embora tudo que você não quer.

Levantar no meio da noite, sem explicações, ir na geladeira, pegar aquele vinho que sobrou da festa passada, sentar no sofá aconchegante e apreciar o momento de estar só, sem ter a companhia da solidão. Estar com você.

É isso, meu caminhar se faz para chegar a isso e mais mil detalhes que não saem do meu pensamento. Vou conseguir, pelo simples fato que quero, sonho, luto, e espero com fé tudo isso.

Lenini acabou, o corpo ainda insiste em me pedir para parar, mas agora quem me embala.é a sensação de estar no caminho que quero trilhar.

16/09/2012

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