domingo, 31 de maio de 2015

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Dor de garganta..

Ontem o dia foi morgado, não que não tivesse nada para fazer, até tinha. Uma feijoada na casa de uns amigos recente. Talvez por serem recente, não me animei a ir. Queria estar com amigos antigos, aqueles que te reconhecem na entrada, tem até a liberdade de dizer: dormiu com essa blusa hj Rita?

Mas, esses amigos estão distantes, eu  me acostumei com sua ausência e eles com certeza com a minha. Mas sei que quando nos encontramos, tudo será como sempre foi.

Mas, quase estava mudando de assunto. Hoje quero falar de dor de garganta. Ela começou ontem, nesse dia morgado, no qual fiquei sentada corrigindo um texto, assistindo uma televisão, sem prestar atenção... aí ela foi chegando devagarinho.

Uma voz meia rouca ao responder uma pergunta banal, uma tosse, meia que fora de hora, a boa seca.

A noite chegou e com o sono, a garganta piorou. Viro de um lado para o outro, coloco  Propomão (própolis sabor romã) para aliviar e água muito água. A noite foi toda assim.

O dia amanheceu, deveria ir caminhar, mas desisto, a garganta não me deixa falar.

O recado esta dado: o que quero falar? o que esta preso na garganta?

É isso gente, o corpo fala, e quando ele se expressa precisamos ouvi-lo, e atender seu chamado.

A garganta solta a voz, nos possibilita expressar nossos medos, emoções, vitorias, alegrias, tristezas.

Parei,,,, tudo parece muito bem... trabalho, filhos, amigos, vida financeira, lazer. Até o ego. Aquela foto que o amigo publicou da festa ontem... bombou.... quantas curtidas, gostei...

Mas algo esta preso. O que?

Saudades..... de quem esta longe, mas principalmente de quem nunca esteve por aqui, talvez,,,, ou melhor com certeza, nos sonhos. E sobre isso não nos é permitido falar. Devemos nos calar.

Carência, falta de atenção, de carinho, rotinas pequenas, detalhes...... não mas tudo está bem, e tem tanta gente mal, então cala-te.

E foi isso, calei. Não me deixei falar, como me deixei dançar.

A garganta vai continuar a doer, pode até melhorar, mas as palavras não proferidas vão ficar  grudadas, machucando,  magoando, ferindo, demonstrando, minha total incapacidade de deixar as convenções de lado e gritar: tô carente, vem me acarinhar?

Recife 31/05/2015


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